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Os impactos causados pelas mudanças climáticas vão além do aumento da temperatura e de alterações na quantidade de chuvas. Quando essas duas métricas são alteradas, todo um ecossistema é modificado, o que pode gerar uma série de outros problemas como o maior risco de transmissão de algumas doenças.
Foi seguindo este raciocínio que pesquisadores de diferentes instituições do Brasil e do Reino Unido identificaram que as mudanças climáticas podem ampliar a área de risco da Doença de Chagas na Amazônia.
O estudo publicado na revista científica Medical and Veterinary Entomology foi liderado pelo professor Leandro Schlemmer Brasil, da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), em colaboração com o professor Leandro Juen, da Universidade Federal do Pará (UFPA), e pesquisadores de instituições como o Instituto Evandro Chagas (IEC), a Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) e a Universidade de Bristol, do Reino Unido.
O que a pesquisa avaliou foi que as mudanças climáticas podem provocar o deslocamento de insetos transmissores da Doença de Chagas, como os barbeiros, para novas áreas da Amazônia que hoje são consideradas de baixo risco para a doença.
Mudanças
O professor do Instituto de Ciências Biológicas da UFPA, Leandro Juen, explica que o que motivou a pesquisa foi o entendimento de que as mudanças climáticas também devem afetar a vida das pessoas a partir da interferência nas chamadas doenças negligenciadas, como é o caso da Doença de Chagas.
Informações DOL